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Archive for setembro \19\+00:00 2010

empty... like the grand canyon

A música diz: “Olhe para esse rombo em seu coração. Ninguém jamais poderá preenchê-lo. É como o Grand Canyon.”

De milhões de corações partidos que habitam esse mundo, um deles em especial pode tomar essa frase como verdade. Guimo, como lhe chamam, é o eterno amante da doce Christine, dona de seu coração. Ou melhor, a única pessoa no mundo com capacidade suficiente para fazer o tal do Grand Canyon transbordar. São dois corações que se perderam e se desataram como um nó desfeito.

Às vezes, chegar perto dele dói, pois me parece que, em certos momentos, ele emana dor. É como se os espinhos não pudessem se conter e começassem a sair de seu coração, ferindo quem o cerca. A expressão, o jeito, a postura, algumas vezes chegam a me lembrar aqueles que estão desolados. Expressão apagada, olhos sem cor, lábios cerrados. Parece viver em um constante devaneio. É como se vento nenhum o atingisse e luz nenhuma se acendesse em seu interior.

O que se passa dentro de sua cabeça? O que se passa em sua mente? Diga-me você, que algum dia já sentiu a dor da separação. E se for assim, todos teremos o que dizer, não é?

Agora me diga como é possível uma pessoa influenciar tanto na vida de outra. O garoto pareceu perder sua vida. Pareceu perder seu gosto por ela. E não é isso o que ele vive a dizer, agora? “Preciso me distrair.” “Não tenho vontade.” “Estou cansado dessa vida.”

Que remédio dar a alguém assim para que se possa sanar esse problema? Festas? Alguma outra garota? ‘Rolês’? Música? Risos? Lágrimas? Sonhos? Nenhum parece funcionar. Alguns foram provados, não é? Talvez não com o intuito de sanar o problema… Mas talvez com a mesma finalidade de quem usa uma droga: fugir da própria realidade.

Há algum exagero aí? Talvez sim, talvez não…

Quem sabe? Ninguém.

Saberá? Tampouco.

Mas ver os olhos desolados, a tremedeira que antecipa a conversa e perceber o medo de ouvir o que jamais gostaria de ouvir, é bem triste. Toca a alma.

E o que se há de fazer? Nunca um terceiro poderá e nem deverá tentar influenciar naquilo que pertence a apenas dois corações. Coração de gente é terra aonde ninguém vai. Há de haver conhecimento pleno sobre os motivos, os sentimentos, as minúcias do interior de AMBOS os corações para que se possa opinar sobre algo tão delicado assim.

Autor: Rafael Mendes da Silva

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